quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Suspiria

      FELIZ DIA DE HALLOWEEN! É até estranho falar sobre essa comemoração aqui no Brasil, que não tem a menor tradição nessas festas. Mas, mesmo assim, O Filme que Habito resolveu fazer a sua parte e hoje, especialmente, tem double post sobre filmes de terror. HAVE FUN (a propósito, o post lindo da Rebeca já tá aqui, leiam também).

SUSPIRIA (1977)



      Já deixo claro aqui que, se você quer um filme super motherfucker cheio de efeitos especiais, iminentes ataques cardíacos e esse mimimi moderno, mudem de post, por favor. Entre tantos filmes de terror que vi e quase morri do coração, resolvi escolher logo esse, antiguinho e que não me despertou tanto pavor, pra me representar neste Halloween. Feito o aviso, vamos à história.

      Que, convenhamos, já começa estranha: Suzy Bannion, americana – atentem-se a esse detalhe no filme – interpretada por Jessica Harper, chega à renomada escola de balé Tanz Akademie em Friburgo, na Alemanha, pra aprimorar seu desempenho na dança. Assim que chega – em meio a uma assustadora tempestade – vê uma das alunas sair da escola correndo, apavorada. 


      Suzy ouve algumas palavras ditas pela moça, mas não lhes dá atenção. Em seguida, toca a campainha pra tentar entrar na escola, mas, apesar de ser atendida, não lhe permitem a entrada. Logo depois, a cena é cortada pra casa dessa moça que saiu correndo da escola: e é essa casa que já me surpreendeu de pronto, dadas as cores e formas com que foi construída. Então, a menina e sua mãe morrem de forma brutal, sem que se saiba quem foi o assassino.

      No dia seguinte, Suzy, enfim, consegue entrar na Academia. Aparentemente é um lugar muito bom e cheio de disciplina, pois é comandado pelas mãos de ferro da Madame Blanc (Joan Bennett) e da Miss Tanner (Alida Valli – que, a propósito, tive de pesquisar no Google pra ver se era homem ou mulher). Entretanto, à escola não faltam coisas, digamos, bizarras, como um pianista cego e um criado romeno – e MUITO, MUITO mal encarado – que não entende nenhum outro idioma.

(Madame Blanc)

(Miss Tanner - sim, eu achei que ela fosse homem)

(Daniel, o pianista cego)

(Pavlos, o ~lindo~ "faz-tudo" da Academia. Só que não. Pra parte do lindo, porque faz-tudo ele é mesmo)

      Não demora muito tempo pra que Suzy perceba que não está em um lugar normal. Isso, somado aos boatos que uma colega começa a lhe contar, fazem com que a americana inicie uma empreitada atrás de qualquer indício de que Madame Blanc e Miss Tanner são nada mais, nada menos, que BRUXAS. O final, e o que acontece a Suzy nessa empreitada, só vendo mesmo.

      Fiquei realmente fascinada ao assistir a Suspiria. O jogo de cores, claro-escuro, formas e, em especial, a trilha sonora me deixaram boquiaberta. A ênfase que a maioria dos críticos dá (e comigo, não seria diferente) é ao vermelho. Desde o principal pôster do filme, até grande parte das cenas, passando, obviamente pelo sangue, lá está o vermelho, imponente, ameaçador. Enquanto para uns se trata da cor do amor, aqui é a cor do desespero, da agonia, porque, quanto mais cor você vê, parece que mais angustiado fica.


(Observem as formas perfeitas e a cor da casa daquela mocinha que fugiu da Academia)



      E não para por aí. Falei ali em cima sobre a trilha sonora, certo? Pois bem: preparem-se pra ficar com a musiquinha de Suspiria na cabeça por um tempo. Pelo que andei pesquisando, é uma música de uma banda italiana de rock progressivo chamada Goblin, que, depois desse filme, ganhou certa notoriedade e fez trilhas para outras películas. Considero a música um elemento diferencial em Suspiria: é mais um fator que aumenta a tensão. Sabe quando uma pessoa tá contando uma história de terror quase sussurrando e, de repente, solta um grito? A música faz a MESMA coisa; aumenta de tom do nada, o que te prende ao filme de novo (caso você tenha saído voando por aí). Enfim, pelo que também andei pesquisando pela minha grande amiga interwebsSuspiria ganhará uma refilmagem entre 2013 e 2014, e a atriz escolhida para o papel de Suzy Bannion foi Isabelle Fuhrman, minha conhecida desde o grande filme A Órfã (ela fazia a ~menininha~ principal). Bem, não sou lá muito fã de refilmagens (a do Psycho já me decepcionou bastante) mas é esperar pra ver. E, então, gostosuras ou travessuras? Até.


Resenha por: Stephanie Eschiapati

Um comentário:

  1. Sempre ouvi falarem muito bem desse filme, porém apenas recentemente tive a oportunidade de vê-lo. Confesso que a esperava um pouco mais, mas ainda assim, gostei muito e fiquei curioso pra ver os outros dois dessa trilogia.

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