Faz um dia que vi esse filme e ainda estou desidratada
de tanto chorar. Pensem em um filme triste. Demasiadamente triste e que, mesmo
sendo animação, retrata perfeitamente uma história que se passa durante a
guerra no Japão de uma forma brutalmente realista, sendo digna, digo eu, de um
Oscar.
HOTARU NO HAKA (1988)
O filme começa pelo final, e
já nesses quatro primeiros minutos conseguimos sentir a intensidade da história.
Então, quando vocês acabarem de assisti-lo, voltem ao começo, pois o que está
lá com certeza irá ampliar os sentimentos de emoção e tantos outros em torno de
200%. Sim, é isso mesmo.
A história se passa durante
Segunda Guerra Mundial, no Japão, na época em que ocorreu o bombardeamento de
Kobe. Dois irmãos, Seita e Setsuko, tentam
sobreviver aos inúmeros bombardeios feitos pelos aviões de guerra. De início,
ainda contam com a ajuda de sua mãe, mas infelizmente ela é atingida em um dos
ataques, deixando os irmãos à beira de suas próprias sortes para sobreviverem da
maneira que conseguirem: sozinhos. O pai está lutando na guerra, mas é dado
como desaparecido, o que diminui ainda mais as esperanças do irmão mais
velho, Seita, de que ele e sua irmã sobrevivam. Porém, nenhum
desses acontecimentos faz com que ele desista. Ele luta bravamente para
conseguir um lugar onde ficar e, acima de tudo, conseguir comida. O mais
importante para ele, no momento, é manter sua irmã a salvo – Seita tem
12 anos e sua irmã aproximadamente 4 anos.
É realmente impressionante
como cada personagem, mesmo através de um desenho, consegue retratar diversas
emoções. Setsuko é uma garotinha feliz, angelical, que encanta
todos ao seu redor; Seita, por sua vez, é um garoto valente, que
faz de tudo para proteger sua pequena irmã de todos os males da guerra. Este
sentimento de piedade e compaixão que os personagens repassam, infelizmente,
não consegue atingir os outros personagens da trama. Muitas pessoas observam a
situação pela qual os irmãos estão passando e, mesmo assim, agem com ignorância
e indiferença, como se eles fossem apenas mais duas crianças predestinadas a
morrer. Negam-lhes comida, abrigo e remédio. Mesmo em tempos de guerra,
referidas atitudes não são justificáveis.
Tudo isso ainda é demonstrado quando a pequena Setsuko fica doente. Além de várias doenças de pele, decorrentes do fato de morarem no meio do mato, sem possuírem qualquer meio de higiene pessoal, ela também é atacada por uma terrível desnutrição, devido à escassez de alimentos. Mesmo levando a irmã ao médico, ele se recusa de uma forma muito fria e cruel em ceder alguma medicação à garotinha. Todos desprezam os irmãos de uma forma tão cruel e sem coração, que é impossível não ficar triste durante o decorrer da história.
Tudo isso ainda é demonstrado quando a pequena Setsuko fica doente. Além de várias doenças de pele, decorrentes do fato de morarem no meio do mato, sem possuírem qualquer meio de higiene pessoal, ela também é atacada por uma terrível desnutrição, devido à escassez de alimentos. Mesmo levando a irmã ao médico, ele se recusa de uma forma muito fria e cruel em ceder alguma medicação à garotinha. Todos desprezam os irmãos de uma forma tão cruel e sem coração, que é impossível não ficar triste durante o decorrer da história.
Pra vocês entenderem a
profundidade especial deste filme, ficamos com um sentimento altruísta mesmo já
sabendo o que vai acontecer. É como se não nos conformássemos; esperamos que
apareça uma solução para o que está acontecendo; esperamos ver um sorriso,
novamente, no rosto de cada personagem. A nossa esperança, bem como a dos
protagonistas, é a última que morre.
Todas as cenas possuem detalhes especiais, principalmente aquela que dá nome ao filme. Quando vão morar no mato, Setsuko não consegue dormir devido à escuridão do local. Ela e o irmão, então, capturam vários vagalumes para iluminar a “moradia”. No dia seguinte, Setsuko enterra os animais, e lamenta por terem um período de vida tão curto – e isso nos remete ao que está acontecendo com todas as pessoas nessa época de guerra. E assim, também, podemos relacionar a vida de Setsuko com a de um vagalume – sem os cuidados necessários, o que era pra ser uma vida feliz, longa e digna, passa a ser efêmera e com um mínimo de felicidade.
Todas as cenas possuem detalhes especiais, principalmente aquela que dá nome ao filme. Quando vão morar no mato, Setsuko não consegue dormir devido à escuridão do local. Ela e o irmão, então, capturam vários vagalumes para iluminar a “moradia”. No dia seguinte, Setsuko enterra os animais, e lamenta por terem um período de vida tão curto – e isso nos remete ao que está acontecendo com todas as pessoas nessa época de guerra. E assim, também, podemos relacionar a vida de Setsuko com a de um vagalume – sem os cuidados necessários, o que era pra ser uma vida feliz, longa e digna, passa a ser efêmera e com um mínimo de felicidade.
Há cenas que mostram exatamente a simplicidade das
pequenas coisas – quando Setsuko está com fome e Seita não consegue comida para lhe dar, ela
apenas se contenta com pequenas balas de fruta que ficam guardadas dentro de
uma caixinha de metal. O valor psicológico e sentimental que esta caixinha
representa na trama também possui certa profundidade. Quando nos lembramos
dessa caixinha, todos os sentimentos que ocorreram enquanto assistíamos ao
filme vêm à tona.
Simples, inocente, profundo, um retrato impecável da Segunda Guerra Mundial, que mostra com exatidão, de uma forma trágica e intensa, a vida de quem tentou sobreviver em meio a tanto caos. É uma história de sobrevivência maravilhosa, sobre um amor incondicional entre os dois irmãos, protagonistas da história, bem como sobre a indiferença e repugnância dos terceiros com os quais tentaram se envolver ao pedir socorro.
Se através de uma animação conseguiram retratar todas as coisas horríveis que aconteceram durante a guerra (e sem cunho político), apenas para demonstrar as dificuldades decorrentes desse acontecimento histórico, um sentimento horroroso me atinge só ao imaginar como tudo isso aconteceu na realidade. Ademais, o filme chega a ser tão bom que, apenas com a trilha sonora, e sem as cenas intensas de dor e tristeza, o sentimento fica à flor da pele.
Simples, inocente, profundo, um retrato impecável da Segunda Guerra Mundial, que mostra com exatidão, de uma forma trágica e intensa, a vida de quem tentou sobreviver em meio a tanto caos. É uma história de sobrevivência maravilhosa, sobre um amor incondicional entre os dois irmãos, protagonistas da história, bem como sobre a indiferença e repugnância dos terceiros com os quais tentaram se envolver ao pedir socorro.
Se através de uma animação conseguiram retratar todas as coisas horríveis que aconteceram durante a guerra (e sem cunho político), apenas para demonstrar as dificuldades decorrentes desse acontecimento histórico, um sentimento horroroso me atinge só ao imaginar como tudo isso aconteceu na realidade. Ademais, o filme chega a ser tão bom que, apenas com a trilha sonora, e sem as cenas intensas de dor e tristeza, o sentimento fica à flor da pele.
Preparem o coração, pois esse é um daqueles filmes
chocantes e cheio de emoções ao decorrer de toda a história. Ninguém deve
deixar de apreciar esta obra maravilhosa.
“Saito, por que os vagalumes têm de morrer tão cedo?”
Link para download (formato AVI legendado):
Resenha por: Rebeca Reale
Resenha tão bem escrita que dá vontade de assistir o filme(animação)... Aliás, Rebeca, só faltou informação sobre onde encontrar: vídeo locadoras ou internet? Parabéns! Vou aguardar novas indicações do blog para assistir nas minhas férias... Beijo
ResponderExcluirassisti ontem 27~05/2013 estou até agora atordoado, triste, tocado, com a pequena criança, eu sou pai e fiquei imaginando minha pequena filha de dois anos....
ResponderExcluirChorei mesmo, tristeza absoluta!
O filme é muito interessante. Não dá pra negar a angústia que senti ao ver a o sofrimento dos irmãos e o final triste. É de cortar o coração. Vale a pena assistir!!
ResponderExcluireu assisti o filme,chorei tanto,mas tanto,mas tanto eh so de lembrar da vontade de chorar,vale a pena assistir,mas se preparem,eh melhor assistir num final de semana para naum ter que trabalhar com olhos inchados no dia seguinte.
ResponderExcluirAcabei de assistir e é realmente uma linda história. Alem dos fatores citados tambem casou de eu ter uma irma com exatamente a mesma diferença de idade entre os protagonistas! Nunca havia chorado com um filme/livro na vida, mas foi diferente com esta obra de arte. Recomendo a todos que tiverem folego!
ResponderExcluirnão sei o que dizer... só entrei na internet para procurar pessoas que viram o filme, para não chorar sozinho. Também tenho filhos na idade. Nunca senti tanta tristeza, e olha que tem muita cena bonita com eles rindo, brincando, assim mesmo é triste de ver. Quase parei de ver no meio de tanta tristeza.
ResponderExcluirExcelente animação. Não esperava tanto, por se tratar de uma animação antiga (1988), todavia a história transcende o desenho e torna-se extremamente realista e valiosa. Não há como não se emocionar com o filme, principalmente, nos momentos que antecedem o seu final. A história de amor incondicional entre os irmãos e o ponto forte do filme. O choro, a emoção são sentimentos que extrapolam a todos que têm empatia com os protagonistas do filme. Triste, mas com uma grande mensagem de amor. O filme, sem dúvida, retrata fielmente o que muitos japoneses passaram durante a segunda guerra mundial, motivo pelo qual, talvez, seja o ponto que toca a todos que assistem.
ResponderExcluirFilme maravilhoso, emocionante do começo ao fim, nos faz agradecer por incontáveis coisas que não damos muito valor, o esforço de seita é comovente, emfim...UMA OBRA DE ARTE!
ResponderExcluirdps q vc clica não faz dowload nenhum vtnc
ResponderExcluirdps q vc clica não faz dowload nenhum vtnc
ResponderExcluirQuando você clicou no link o post já tinha cinco anos e você ainda reclama?
ResponderExcluirCaso veja essa mensagem, mesmo passados dois anos do seu comentário, tente o link abaixo talvez ainda funcione.
https://drive.google.com/file/d/15AHBa-LoqDpdPg0_Ev6uTZ9V5U3f4uKV/view