NOVIDADE: além dos posts feitos por mim (Rebeca), e pela Stephanie, abrimos lugar para que outras opiniões sobre filmes se encaixem em nosso blog. Portanto, nessa seção de posts especiais, tenho o prazer de deixar aqui o post do Gian, sobre o filme As Vantagens de Ser Invisível.
THE PERKS OF BEING A WALLFLOWER (2012)
O nome estranho remete a pensamentos sobre o que
o filme poderia abordar, ou então, o que seria ‘ser invisível’. Primeiramente, antes de entender tudo ou qualquer
coisa que o filme possa querer mostrar, é bom apenas ter em mente que tipo de
filme é este, e a melhor resposta é: filme impessoal, atemporal e sem
localização. Salvo as menções sobre Universidades que nos remetem aos EUA, o
filme poderia estar contando a história de qualquer um, em qualquer fase de sua
vida.
Charlie (Logan Lerman) é um garoto de 15 que
escreve cartas para um amigo, e não obtém retorno algum, pois é assim que ele
quer. Ele começa narrando sua história com o medo que está para enfrentar o
primeiro dos 1385 dias de Ensino Médio, apontando suas preocupações para essa
época de sua vida:
- Ele não tem amigos, nem com quem se sentar no horário do almoço;
- Tem medo por ser um aluno exemplar na aula de
inglês avançado, e medo de ser incompreendido por isso, e por outras coisas;
- Não quer que seus pais achem que ele piorou e...
- Ele não quer piorar.
O que pareceria um típico filme americano sobre bullying
e ‘populars X nerds’ mostra sua complexidade entrando em cada
personagem e mostrando os verdadeiros sentimentos e temores, aparências e
essências de cada um. Aquele que assistir ao filme e não se identificar com
qualquer que seja o personagem da trama, ou não prestou atenção no mesmo, ou
ele próprio não se conhece.
Charlie, então, se direciona para um aluno que ele acha engraçado e que
não o trata com indiferença ou asco, como qualquer outro veterano faria.
Patrick (Ezra Miller), ou o ‘Nada’, o convida para entrar em seu grupo de
desajustados, juntamente com sua meia-irmã Sam (Emma Watson) e começa a viver.
Seu medo de piorar novamente e o fato de ter perdido seu melhor amigo Michael
no ano passado, que cometera suicídio, começam a se esvair em sua mente,
deixando-o mais leve, solto, e aberto a novas experiências, como ouvir as
músicas boas que Sam mostra a ele, sair com meninas e experimentar drogas.
Em flashbacks,
Charlie se relembra de sua Tia Helen, que fora a pessoa que ele mais amou
dentro de sua família, até certo momento, quando conhece o ‘amor.’ Charlie foca
e mergulha no âmago das pessoas, tentando entendê-las, tentando fazer bem a
elas, mesmo em detrimento de sua própria pessoa. É mais ou menos aí que vive o
perigo em piorar novamente, que seria o fato de Charlie ter entrado em profundo
desespero e tristeza em certa parte de sua vida.
Não vou me aprofundar em nenhuma das características intrínsecas a cada
personagem, embora os temas sexualidade e amor sejam os mais abordados no
filme.
Impossível de deixar de lado as atuações no filme.
Logan Lerman deixa seus pretensiosos Percy Jackson e O Ladrão de Raios e
The Three Musketeers (Os Três Mosqueteiros) para assumir um perfeito Charlie, cativante e
aberto para que qualquer um se encaixe em seu papel. Ezra Miller, após a
brilhante atuação em We Need To Talk About Kevin (Precisamos Falar Sobre o Kevin), abre mão do antigo
personagem fechado para se tornar o extrovertido Patrick de maneira esplêndida,
merecendo o Oscar, talvez, em minha opinião, para ambos. E por fim, mas não
menos importante, Emma Watson se despede da perfeita Hermione Granger (série
Harry Potter) para se tornar Sam, em nada comparada à antiga personagem, de
maneira muito bem interpretada e apaixonante.
A mensagem que captei do filme foi a seguinte: Ame,
não passe os outros à sua frente, não deixe de mostrar seus sentimentos, e
entenda os outros do seu ponto de vista, pois você é uma flor do papel de
parede, você é invisível, ocupa uma posição inatingível de observação, então a
use. Assim como use tudo, experimente tudo, seja extensível, seja infinito.
"We are infinite"
Link para download (formatos AVI, MP4 e Blu-Ray):
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