PLANET TERROR (2007)
Tudo começa com uma bonita dançarina, Cherry (Rose McGowan) que decide dar um up na vida e sair dessa vida de bordel. Ela vai caminhando e sofre um pequeno acidente, após a brusca passagem de um comboio militar.
O
filme passa, então, a falar sobre um casal de médicos, William (Josh Brolin) e Dakota (Marley Shelton – que eu particularmente adoro desde o filme Sugar & Spice – Atraídas pelo Perigo)
se preparando pra mais uma noite de plantão no hospital da cidade. Eles se
odeiam, e isso fica bem evidente; inclusive uma troca de SMS dá a impressão de
que a médica já tá envolvida com uma outra pessoa.
Depois,
passamos a entender o porquê daquele mega comboio militar: Muldoon (interpretado pelo grande Bruce Willis) encontra Abby (Naveen Andrews) negociando “na surdina” uma grande arma bioquímica
e, pra impedir essa negociação (na qual não teria nenhum lucro), atira nos
tanques em que o gás está contido e espalha um vírus devastador pela cidade.
Enquanto
isso, Cherry, com a perna machucada,
encontra o restaurante de JT (Jeff Fahey), e lá limpa seu ferimento. Lá reencontra El Wray (Freddy Rodriguez), um antigo namorado. Ah, no restaurante também
aparece ninguém menos que a Fergie, com
o fim de tentar arrumar o carro.
(Sim,
a história parece confusa mas é bem assim mesmo, vários núcleos temáticos
diferentes que têm como única ligação a cidade infectada onde estão).
A
Fergie vai embora do restaurante e o
carro quebra de novo: ela é a primeira atacada pela legião de zumbis, ou seja,
as vítimas daquela arma química liberada. El
Wray e Cherry, que saem do
restaurante rumo à cidade, veem com muita estranheza uma movimentação na
estrada (no caso, os caras comendo o cérebro da Fergie), o rapaz se distrai e capota a caminhonete. Cherry sai do carro e é atacada por
zumbis, que lhe arrancam uma perna.
O
casal ruma ao hospital da cidade, que já tem vários infectados no local (mas
nos estágios iniciais). Ninguém sabe o que está acontecendo. Cherry vai para a sala de cirurgia e
chega a polícia: o xerife Hague (Michael Biehn), interrogando El Wray e não acreditando na explicação
que ele dá sobre os fatos, leva-o preso. É aí que a infecção toma proporções
maiores, e a coisa sai de controle.
O
pessoal todo que já apareceu no filme vai ao restaurante de JT, inclusive El Wray, que fica sob custódia feroz do xerife. Ele se lembra de Cherry no hospital e corre a buscá-la e,
como não podia deixar de ser, começa uma das cenas de luta mais legais e
absurdas do filme: Wray mata 9362837
zumbis com duas faquinhas apenas, e consegue desviar do sangue, passar pelo hospital
todo e resgatar Cherry, que teve uma
das pernas amputada. DETALHE: Wray
coloca uma das pernas da mesa do quarto pra ser a prótese dela.
A
cena corta, então, pra Dra. Dakota. Eu já disse que ela e o marido William se odiavam, certo? Depois de uma
briga, em que a intenção dele era matá-la, ele dá várias anestesias nas mãos
dela, que ficam completamente inúteis. Agora vocês imaginem a cena de ela
saindo correndo do hospital, tentando abrir o carro e dirigir, praticamente sem
as mãos. Hilário.
O
resto do filme é um sem fim de cenas absurdamente cômicas. O filme é 100% trash, daqueles que espirram sangue até no
rosto de quem tá vendo o filme. Os sobreviventes se juntam pra tentar acabar
com aquele monte de zumbis, que estão cada vez em maior número e mais famintos
por carne fresca.
O
último detalhe que eu tenho que contar porque não é spoiler é a prótese final de Cherry.
Em uma luta, aquela perna da mesa quebra; Wray
coloca no lugar, nada mais, nada menos, que uma METRALHADORA no lugar. Isso, que se dane a lógica.
Eu
já era fã do Robert Rodriguez desde Machete (que, oportunamente, vai ser
comentado por aqui, e cujo trailer
aparece no começo de Planet Terror),
que, cá entre nós, também é super mega trash.
E quando vi que Planet Terror era um
dos filmes da parceria entre Rodriguez
e Tarantino, corri pra assistir. Grindhouse foi o nome dado a essa
parceria. Tarantino, inclusive,
aparece em Planet Terror, bem no
finalzinho, e é bem engraçado. O outro filme da dupla é Death Proof, a que
assistirei assim que possível. O Rodriguez
tem como especialidade esse estilo sanguinário de filmes, e, pelo que
pesquisei, Tarantino se interessou. Pra
mim, pelo menos, deu muito certo.
Outra
coisa legal em Planet Terror é a forma
como foi filmado: dá a impressão de que o filme é muito mais antigo (estreou em
2007), devido aos efeitos especiais meio podres nas cenas de luta e, entre as
cenas, dá-se a impressão de que você está no cinema, e o rolo do filme dá
problema. A ambientação ficou perfeita, pelo menos pra mim, porque você acaba
dando risada desse “defeito”.
Enfim,
super recomendo Planet Terror. Por mais
que a ideia não seja de assustar, na boa, achei melhor que muito filme de
zumbi/terror moderninho por aí. Até.
Resenha por: Stephanie Eschiapati