YOUNG ADULT (2011)
Mavis Gary (interpretada por Charlize
Theron) é uma ghost writer,
ou seja, ela escreve para uma série de livros sobre vampiros que, na verdade,
não foi ela mesma quem criou. Ela mora na “cidade grande”, tem uma vida boa,
mas acaba se divorciando e, pouco tempo depois, recebe o convite do chá de bebê
da filha de seu namorado do colégio, Buddy
Slade (Patrick Wilson).
Ela resolve, então, voltar para sua cidade natal com o plano de reconquistar Buddy, ainda que ele seja casado e já tenha uma família. Sim, ela banca a adolescente maluca e vai, com a cara, a coragem e o cachorro em busca do que ela considera felicidade.
É claro que, quando li
a sinopse, que continha basicamente as informações que lhes passei nos
parágrafos anteriores, pensei: “Pfff, jamais vou ver esse filme”. PENSEI MESMO.
Afinal, imaginei que fosse mais um daqueles filmes clichês, tipo “O melhor
amigo da noiva”, “O casamento do meu melhor amigo”, “Minha melhor amiga no
casamento do meu melhor amigo” etc. Não gosto desse tipo de filme. Não gosto de
comédia romântica. Mas resolvi assistir assim mesmo, e fiz isso no ônibus certo
dia, voltando pra casa.
Como eu também já disse, queimei a língua. Em vez de o mundo me proporcionar mais um clichê monumental, vi um filme tão denso psicologicamente que me surpreendi, e muito. O filme todo não gira ao redor da empreitada da Mavis, e sim, de seus problemas internos e externos. Por mais que ela encha o rosto de maquiagem e coloque uma roupa sexy, ela bebe todo santo dia, sozinha ou acompanhada. É bonita, linda, mas insegura. E tem mais uma mania dela criticamente importante pra se analisar o quão problemática ela é, mas essa eu não vou contar (vou deixar os leitores curiosos, MWAHAHA).
Como eu também já disse, queimei a língua. Em vez de o mundo me proporcionar mais um clichê monumental, vi um filme tão denso psicologicamente que me surpreendi, e muito. O filme todo não gira ao redor da empreitada da Mavis, e sim, de seus problemas internos e externos. Por mais que ela encha o rosto de maquiagem e coloque uma roupa sexy, ela bebe todo santo dia, sozinha ou acompanhada. É bonita, linda, mas insegura. E tem mais uma mania dela criticamente importante pra se analisar o quão problemática ela é, mas essa eu não vou contar (vou deixar os leitores curiosos, MWAHAHA).
Ainda que o tema “a
volta da menina mais popular da escola à cidade natal” possa ser meio batido,
esse filme não decepciona. A contradição entre o que Mavis parece ser e REALMENTE é te deixa pensando: “Putz, será que
eu sou assim também?”. É um filme que te faz repensar uma série de assuntos,
principalmente se você cresceu em uma cidade e depois foi embora pra outra, pra
estudar ou trabalhar.
Não nego que senti vergonha alheia em muitas cenas. É que eu, pelo menos, senti uma afeição tão grande à Mavis, que dava vontade de entrar no filme e falar “NÃO, MULHER, NÃO FAÇA ISSO!!!”. Ela faz umas coisas que dão vontade de morrer, gente, sério. Mas acho que tudo o que ela faz tem um propósito e serve pra alguma coisa.
Um personagem criticamente importante também é o Matt Freehauf (interpretado pelo Patton Oswalt, que vem aparecendo em Two and a Half Man). Ele não deixa de ser um clichê também, o “esquisito da escola”. Mas a participação dele na história também me deixou boquiaberta, porque, em 93 minutos de filme, senti raiva, pena e vergonha dele.
Não nego que senti vergonha alheia em muitas cenas. É que eu, pelo menos, senti uma afeição tão grande à Mavis, que dava vontade de entrar no filme e falar “NÃO, MULHER, NÃO FAÇA ISSO!!!”. Ela faz umas coisas que dão vontade de morrer, gente, sério. Mas acho que tudo o que ela faz tem um propósito e serve pra alguma coisa.
Um personagem criticamente importante também é o Matt Freehauf (interpretado pelo Patton Oswalt, que vem aparecendo em Two and a Half Man). Ele não deixa de ser um clichê também, o “esquisito da escola”. Mas a participação dele na história também me deixou boquiaberta, porque, em 93 minutos de filme, senti raiva, pena e vergonha dele.
Enfim, depois de rasgar elogios pro filme, vocês devem estar se
perguntando por que eu dei nota oito ao final. Explico. Tirei dois pontos da
nota máxima por não ter me convencido muito com a atuação do Patrick Wilson, e da Elizabeth Reaser (a
esposa de Buddy no
filme, Beth). Eram papéis aparentemente simples que não souberam
ser bem aproveitados, na minha opinião. Mas o que se contrapõe a isso, com toda
certeza, é a atuação da Charlize,
que olha... arrebenta.
(Buddy Slade, o "Senhor sem Sal")
(A esposa mais sem sal ainda do Buddy)
(A banda mais bonita da cidade, só que não)
Young Adult é um filme que vale a
pena assistir. No meu caso, particularmente, valeu a pena por assistir e me
surpreender, diante de um roteiro nada infantil, diferente do que parecia ser.
E deixo aqui pra vocês a pergunta que coloquei no título, mesmo porque foi a primeira
coisa que me veio à cabeça assim que terminei de ver o filme: qual a hora certa de crescer e deixar o passado pra trás? Até a próxima.
Resenha por: Stephanie Eschiapati
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